Escolas e professores
Lendo o artigo publicado sábado, do mestre Adão José Peixoto, percebemos realmente que, em Goiás, as mudanças implantadas pelo atual secretário de Educação, Thiago Peixoto, nada mais são que políticas que já foram ditadas a toda América Latina nas décadas de 1980 e 1990 pelos mecanismos internacionais. Ou seja, a escola realmente a cada dia se torna um lugar de concorrência financeira, tanto entre alunos quanto seus professores, e agora diretores e coordenadores.
O doutor Adão José coloca muito bem quando diz “que a lógica do mundo financeiro foi transferida para a escola”. Não há incentivo no sentido de construir uma escola que eduque para a vida e para a solidariedade. Ao contrário, o que se verifica na atual conjuntura é o incentivo para elevação da nota da escola nas avaliações externas, como o Ideb, por exemplo. Faz-se necessário atrelar na luta pela elevação do Ideb a luta por assegurar uma formação ética e solidária aos alunos.
A Secretaria Estadual de Educação quer formar apenas um treineiro de vestibular ou um cidadão? Outro fator interessante do artigo diz respeito à SEE buscar assessorias fora do Estado. E tal fato pode ser comprovado, pois os diretores das escolas estaduais estão fazendo uma pós-graduação latu sensu pela mineira Universidade Federal de Juiz de Fora.
E o trabalho desenvolvido pelas faculdades de Educação da PUC Goiás, da UEG e da própria UFG? São fatos como esse, que se juntam com outros mais graves (Caso Cachoeira), que contribuem para que o nosso Estado seja quase que diariamente envergonhado nos noticiários nacionais.
CLÁUDIO BARROS GUIMARÃES
Jussara – GO
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